foto: casa e jardim
Iluminação é assunto que rende muita prosa… Dúvidas mil!
Meu primeiro conselho é: não subestime a iluminação, não deixe pra pensar nela depois.
Aconchegante é um termo usado por muita gente pra definir o clima que deseja em casa.
O segredo pra isto?!? ILUMINAÇÃO.
Pra te dar uma luz (não resisti ao trocadilho…hahaha!) e você entender por onde começar a pensar a iluminação da sua casa, reuni algumas dicas básicas por cômodo.
Assim, você não precisa errar, como eu já fiz na minha sala, por exemplo.
Minha sala tem spots enfileirados por todos os lados.
Na época em que fiz (ainda não trabalhava com decoração), essa foi a proposta da arquiteta, que me pareceu bonita e prática.
São tantas decisões na hora de montar uma casa do zero que é um alívio ir tirando itens da lista. Quem nunca?!?
Tempos depois, quando recebia amigos em casa, achava que faltava algo, não sentia o tal aconchego.
Culpa da luz, muito dura e direta! Continua lendo que você vai entender tudinho 😉
Se você tem uma situação assim em casa, trago uma boa notícia: é muito simples resolver!
Abajures, luminárias de piso e até velas, são alternativas fáceis e de efeito imediato, capazes de mudar tudo e trazer o tão desejado aconchego.
Coloque várias fontes de luz em alturas diferentes – abajures, luminárias de piso – que possam ser acesas de modo independente, permitindo climinhas variados num mesmo espaço.
PENSANDO SUA ILUMINAÇÃO COMO UMA PROFISSIONAL
Conceitos técnicos básicos pra começar:
1.TEMPERATURA DA COR, O SEGREDO DO TAL ACONCHEGO
Atenção, é temperatura da COR não da LÂMPADA!
É medida em Kelvins (k) e consta na embalagem da lâmpada, onde também pode estar escrito: “branca fria” ou “amarela quente” – não é uma lâmpada amarela colorida, só uma maneira de se referir a uma luminosidade mais amarelada e aconchegante).
A temperatura tem impacto decisivo na iluminação, olha só o efeito de cada uma:
Quando você quer aconchego, sua escolha de lâmpada deve ser a QUENTE ou amarela.
Luz branca e fria é dura, mais indicada para uso em iluminação de tarefa.
2. TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO SEM COMPLICAÇÃO
Prepare-se! Agora você está prestes a entrar no terreno profissional da luz…
Pra não se perder, use estes três pontos como um CHECK LIST do que cada ambiente precisa ter em termos de luz: GERAL, TAREFA e DESTAQUE.
Como uma decoradora profissional 😉
3.TIPOS DE LUZ
Jogue com estes três conceitos de luz, dentro das técnicas apresentadas no item 2, e você terá uma iluminação versátil e interessante:
4. COMO ILUMINAR CADA CÔMODO
O grande segredo é pensar ANTES:
- QUAIS ATIVIDADES ACONTECERÃO NO CÔMODO
- COMO VOCÊ QUER SE SENTIR NELE
Aí sim, você parte pra avaliar que tipo de luz será necessária.
Você vai notar que, muita vezes, aquele ponto de luz central tradicional pode ser inútil…
Nada de inventar cenários mirabolantes que não tenham a ver com o dia a dia.
Cada cômodo da casa tem suas características próprias e pedem uma iluminação condizente com seu uso.
Vamos a eles:
SALA DE ESTAR
Como normalmente tem múltiplos usos, a iluminação também deve ser versátil e específica para cada setor ou atividade realizada no espaço.
A luz geral deve ser suave e difusa sem deixar a circulação muito escura.
1. Sempre que possível, instale dimmer, que permite regular a luz, deixando o ambiente mais claro ou mais aconchegante de acordo com a ocasião.
2. Não coloque pontos de luz sobre sofá, poltronas, assentos em geral, pois pode incomodar quem estiver sentado.
SALA DE JANTAR
Mesas retangulares muito compridas pedem mais de um pendente ou pontos de luz auxiliares nas laterais.
COZINHA
A cozinha pode (e deve!) ficar funcional e também charmosa com a iluminação.
A iluminação geral tem papel importante aqui, devendo ser abundante e clara.
QUARTO
Um ambiente que pede luz suave e indireta e sempre bem pensada para cada atividade.
Nada de luz direta no teto, que vai ficar bem sua cara quando você se deitar 😉
Se possível, instale dimmer para controlar a intensidade da luz.
CIRCULAÇÃO
Área de circulação, como corredor, não precisa ter uma luminosidade intensa, pode ser mais discreta, pois só tem a função de direcionar o caminho dentro da casa.
Luminárias de teto (embutidas ou de sobrepor) com luz difusa e spots, que podem ser dirigidos para quadros ou objetos de destaque.
Pensou que esqueci o BANHEIRO? Que nada!
Tem um post completíssimo aqui, inclusive com um resumo bem visual pra você baixar e não esquecer.
Banheiro tem a pegadinha do espelho, vai espiar!
5. TRUQUES DE ILUMINAÇÃO PARA DISFARÇAR…
AMBIENTES PEQUENOS
Evite colocar focos de luz nos cantos ou extremidades, pois acentuam a verdadeira dimensão do espaço.
A luz geral deve ser abundante, sem ofuscar a visão das pessoas.
Tá precisando de dicas pra espaços pequenos? Dá uma olhada nestes posts aqui.
AMBIENTES MUITO AMPLOS (meio difícil hoje, né?)
A iluminação não deve ser tratada como se fosse um ambiente único.
A área deve ser “quebrada” a partir das atividades ali realizadas.
A iluminação geral pode ser feita com spots de acionamento individual: quando todo o espaço está em uso como em uma festa, acende-se tudo. Quando se quer mais intimidade, é só acender a parte em uso.
PÉ-DIREITO BAIXO
Luz projetada de baixo para cima, iluminando o teto uniformemente, faz o espaço se alongar visualmente.
Luminárias de piso com hastes longas e arandelas cumprem bem este papel.
Uma iluminação bem pensada faz um mesmo ambiente funcionar de maneiras diferentes de acordo com os hábitos de quem vive na casa.
Tem alguma dúvida sobre iluminação te afligindo?
Deixa nos comentários ou manda um e-mail pra cinthia@casaprosdaecor.com.br
Vou amar te ajudar!
Parabéns pelo trabalho e pelas excelentes dicas.
Fico feliz 🙂
Espero que tenha ajudado! Volte sempre